«(...)Eu sou as sete pragas sobre o Nilo e a alma dos Bórgias a penar!...»
José de Almada Negreiros, in a Cena do Ódio
Comovo-me perante a paixão que não pedi. Assusto-me com as rosas que secam de obsessão e enceto, (in)conscientemente, uma caça em que o caçador deita o pescoço numa armadilha sobejamente conhecida. Vacilo entre o querer ser mártir e o querer martirizar e agora sei qual é o momento do qual nenhum ser humano pode escapar, aquele em que se vê frente a frente com o seu verdadeiro eu. Acredito que alguns não aguentem e fujam aos gritos, eu fico! Mais do que tudo sempre quis saber quem sou.
Sei-me entre o bem e o mal, sem conseguir optar. Não consigo erguer um único dedo que mostre o leve indício de que me quero pronunciar, tenho a perfeita consciência que não quero ouvir a minha voz.
Não quero estar frente à tentação, conheço-me. Sei que não resistirei pelo simples prazer de lhe sentir o sabor e essa sensação estará comigo por toda a eternidade.
E a eternidade é mais tempo do que o que eu conseguirei suportar.
Sei-me entre o bem e o mal, sem conseguir optar. Não consigo erguer um único dedo que mostre o leve indício de que me quero pronunciar, tenho a perfeita consciência que não quero ouvir a minha voz.
Não quero estar frente à tentação, conheço-me. Sei que não resistirei pelo simples prazer de lhe sentir o sabor e essa sensação estará comigo por toda a eternidade.
E a eternidade é mais tempo do que o que eu conseguirei suportar.
1 commento:
A humanidade é a nossa única ferida que não fecha.
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