giovedì 4 marzo 2010

Tempus

Dói-me a boca... Dói-me a boca de não te dizer o quanto padeço com saudades do teu cheiro. Dói-me a boca e ardem-me os olhos na tua ausência, mas isso tu não sabes e ao teu coração não o confessarei. Sinto-me empanturrada com todas as palavras que eram para ti e que acabei por mastigar à força na urgência de as engolir antes que não me conseguisse conter e te fosse depositar ao ouvido todas as provas que fazem de mim tua serva.
Um dia... conseguirás ouvir, na minha voz, que a saudade sempre foi mais do que uma palavra.

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