venerdì 21 novembre 2008

Quero matar-te, matar-me, morrer-te nos e fora dos braços. Estas paredes. São estas as malditas paredes, as estreitas correntes que nos puxam e afundam em laços desfeitos eternamente e para todo o sempre. As palavras, cadáveres que apodrecem à medida que se trocam da minha boca para a tua.
Morre comigo agora. Não me deixes ir só, quero mostrar-te esta falta de vida quando todas as cores se fundem na ausência de luz porque o abraço é frio e a dor corta fundo a alma ainda pequena. Porque ficas quando já nada te prende? Ainda ontem me dizias que de teu nada tens, que esta terra não te acolhe os passos. Vem comigo agora antes que te roubem à morte.
Quando a ilusão se esvair perecerás de desalento e o meu abraço não será mais que o final de um conto antes de adormeceres.

A ouvir The Whore, The Cook and The Mother - My Dying Bride

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